Friday, March 23, 2007

Por falar em poesia ...


Em jeito de comemoração do dia da poesia, do inicio da primavera, por tantos e tão poucos motivos que nada importam porque são tudo o que importa... deixo neste meu pequeno mundo um timido verso, e uma grande pergunta, a que nenhum dos ilustres comentadores respondeu ainda, afinal Onde deixamos o amor? ...



Hoje ao ver-te ...

Desejei que o tempo ficasse sem tempo

Que os dias perdessem as horas,

Que os lugares ocultassem o espaço

Porque tudo o que penso, e tudo o que faço

Acaba em teu rosto, no lugar onde moras,

Então, perdida do momento

Longe e tão perto, sem freio nem esporas,

Pergunto à razão, ao coração,

Porque não estás aqui, porque tanto demoras...

Porque espero que o vento te traga,

Na ausência dos dias, na iniquidade das horas.


Maria do Mar

20 comments:

Anonymous said...

O "tímido" verso está bem fixe!
Muitos parabéns!

Agora se quiser respostas para perguntas profundas, tem de utilizar a TdT, ou seja a Táctica do Túlio: ir ao blog das meninas e das senhoras e dar aum allô!
Vai ver que funciona.
E olhe também pode utilizar a táctica do Vladimir, aquela do destino! Dá é um trabalhão dos diabos, mas pronto! Haja vontade.

o alquimista said...

No sublime te li...boa noite...voltarei...
beijinho

Vladimir said...

O meu amor, o meu amor, o meu amor .... está com uma pessoa muito especial.
Já agora, aproveito para dizer que adorei o seu poema e a fotografia, voçê está mesmo muito lá.

PS-Aproveito para dizer ao senhor Jacaré007 que a TV (técnica do vladimir) continuará a ser amplamente utilizada de três em três postagens e com temas diferentes. É claro que continuo a contar com a sua colaboração.

Anonymous said...

Gostei... deixo um abraço...

Paparazzi said...

Acho que o Amor esta nas mossas atitudes... No que podemos fazer e fazemos... No que podemos dizer e dizemos...

JuvePP said...

Olá, Eu não sei onde está o Amor mas estou convicta que o Mundo precisa de mais amor. Já agora e pegando num seus escritores preferidos, a saber, Agustina Bessa Luís, permita que a cito a respeito da questão colocada. Diz Agustina: "Sempre os poetas foram os melhores dos homens no pior dos mundos possíveis. Porém, quando o mundo se libertar do ressentimento e o espiríto de vingança não tiver nele mais lugar, os poetas, amigavelmente, desaparecem". Aí está a resposta à questão. Se calar o Amor já só existe no coração dos poetas. Fique bem . Beijinhos

Maria said...
This comment has been removed by the author.
Maria said...

Olá

Poema muito bonito acompanhado por uma foto magnífica.
Parabéns.

Bom fim de semana.

Maria said...

Apaguei o comentário, por tinha ficado pela metade.

Desculpa.

Anonymous said...

Parece que a PSP está cheia de medo!!!

Unknown said...

Pela primeira vez visito este blog e devo dizer que gostei bastante do que li.
Voltarei com certeza.

Até breve . . .

Enfim... said...

n percebo nada de poesia.bjs e boa semana

Anonymous said...

Olá,
tem por aí um isqueiro que possa dispensar?

Anonymous said...

O vladimir como era sábado lá ganhou inspiração....

Naeno said...

DE DIA

Tarde demais para acostumar-me com a sombra.
Eu que venho por todo o dia tangendo a claridade
Vendo brotarem flores novas nos escombros,
Cativa-me o medo da noite agora, e fico só,
Desterrado do teu regaço, posto solto,
Como um menino que larga o peito, e agarra o mundo.
Não tinha planos para as estações,
Em todas plantei, e depois desenterrei todas as sementes,
Foi uma brincadeira de menino, uma experiência de nascer.
E morri, quando os teus olhos se fecharam,
Não te via mais, em vez de tu não me enxergar.
Cedo demais para outra coleta entre os que já deram
Ninguém saiu, são os mesmos rostos de ainda pouco,
E tudo o que eu tinha entreguei em troco,
Ao sol, que reneguei, ao dia que decepei,
Da noite que fez dos meus quereres tardios.
Agora é o mesmo tempo de todo o tempo,
Nada serviu a aplacar em mim a réstia
Que persuadiu-me e dormi com ela.
Veio pela janela, insistente o dia, repelido,
E se insinuava como uma amante afogada
Em amor querendo dar-se, alforriada.
Agora que sabes que não me atormentam as nuances do dia,
O tempo, comigo tem sido um elástico tenso,
Que ora está aqui, mostrando-me os taciturnos gestos,
Ora se afugenta, talvez medo de mim, talvez medo dele.
E só Deus saberá contar as horas em que me larguei daqui,
Saí sorrateiro pela lateral do terreiro e nunca mais me vi.
Vi uma sombra calcada sob meus pés, derrotada,
E nada de mim, nem do dia, nem de nada mais restava.

Um beijo
Naeno

Paulo said...

"(...) Uma bala, no seu dano,
força-o ao último tombo;
extraviada, nesse engano,
cumpriu o destino insano
de soldadinho de chumbo."

Fim do acto. corre-se o pano.
(Avelino de Sousa)

PS: Há na poesia, por vezes, o negrume de guerras, dogmas e desassossegos sem e com alma... E, também, a sombra de poetas mortos cujo fantasma nos abraça.

Até sempre.
Paulo

Anonymous said...

Pois é cara amiga,
quando eu pensava ter companhia para "rasgar" por esse Mundo fora, você decidiu enveredar pela sua veia de poeta...

Tudo de bom.

Jacaré 007

Anonymous said...

Você conhece o Fernando Macaco?
E a Paula Monteiro?

Anonymous said...

Os homens com orelhas grandes, têm genes de fora da lei não têm?
Diga lá ao pessoal a sua opinião, fundamentada no seu dia a dia claro!!!

karla said...

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Uma Páscoa Muito Feliz...

São os meus votos sinceros... :)