Saturday, March 10, 2007

A Liberdade a Democracia e o Terrorismo ...


O terrorismo veio ao longo dos tempos a ganhar significados variados e polivalentes, divergindo o modo como se entende e classifica o fenómeno, consoante a parte que o descreve e os interesse que se pretendem salvaguardar...
É um fenómeno antigo, já na antiga Grécia se falava em terrorismo, mas a verdade é que há algo de terrivelmente preocupante na utilização estatal que lhe é dada...
Senão vejamos: Hitler, Mao, Guerra fria, URSS, Sérvia, Iraque, a verdade é que foi e é em nome da segurança e defesa dos cidadãos que se foi utilizando o TERRORISMO, para viabilizar e justificar os maiores massacres a povos e nações inocentes, a etnias inteiras...
O termo terrorismo de estado foi criado para caracterizar governos ou regimes ditatoriais, autoritários ou totalitários em que direitos individuais ou de grupos são consciente e sistematicamente violados, o que me deixa apreensiva é que analisando as políticas concertadas dos E.U.A. e de grande parte dos países Europeus, dos quais Portugal faz parte, facilmente me ocorre uma aterradora ideia...
E se a ideia de Segurança que tanto desejamos, e que diariamente nos entra através da janela mágica pela casa dentro, mais não fosse que uma manobra de diversão para nos encaminhar ordeiramente para um mundo totalitário desrespeitador das liberdades individuais e de todos os direitos fundamentais que tanto nos custou a conquistar?
Lunaticamente poderíamos ainda supor que a maioria dos mediáticos atentados terroristas modernos, nomeadamente o ataque às torres gemeas(world trade center) foram desenhados e perpetrados pelos próprios estados com vista a ganharem legitimidade política para seguirem o caminho do absolutismo obscuro e monopólico(como aliás várias teses sustentam)
Por isso hoje, decidi deixar neste meu pequeno mundo, um pedido a todos que por aqui passem, para que não se deixem cair na anorexia política, na abstracção das nossa pequenas vidas, estejamos atentos e lutemos pelos nosso direitos.
Afinal até onde estamos dispostos a ir, que caminho queremos tomar nesta era global? Quanto da nossa liberdade que com sangue e morte defendemos, estaremos dispostos a dar, em troca de uma ideia de segurança teórica e cerceadora de pensamentos e palavras, liberdades e direitos?!
Isto para que daqui a poucos anos não venhamos a ser, quem sabe um bando de dissidentes pensadores, nostálgicos de poder fumar um cigarro ou um charuto, nostálgicos de poder comer uma costeleta com osso, de poder andar de minissaia sem ser apedrejadas, de poder ler um livro sem levantar suspeitas, de poder ser sem ter um "chip" controlador(cartão unico de cidadão), nostálgicos da liberdade perdida...
Maria do Mar

5 comments:

Anonymous said...

onde podemos desembocar de uma forma suave, efectivamente como já aconteceu noutros momentos da nossa história. por isso nada melhor do que conhecer o passado, viver o presente, para que se evitem erros fatais no futuro, dos quais por regra se demora gerações a recuperar.
muito bem escrito....
parabéns Maria

Anonymous said...

Aproveito para lhe dar os parabéns por mais um excelente texto, alías na linha daquilo que nos tem vindo a habituar desde início e que talvez possa ser conciliado com a minha última postagem.

Anonymous said...

À boleia de terrorismos e afins, o nosso "Príncipe" Tócastes, começa a ser dono de um manancial de informação, que só visto!
Ainda bem que ninguém a consegue tratar com jeito.

Maria Do Mar said...

Gostei do apelido "Tócastes" e concordo em absoluto quando diz que a sorte é ninguem a saber tratar, mas acredito que não será assim por muito tempo.

Maria do Mar

Anonymous said...

E vai mudar mesmo, o tempo do amadorismo no tratamento da informação tende a desaparecer, é só ver a última legislação que foi publicada sobre esta matéria e a interpretação que alguns quadrantes se apressaram a dar à mesma.
Esperemos.